sexta-feira, 10 de abril de 2009

Arronches - A Tradição de Segunda-feira de Páscoa

Em Arronches a tradição de na Segunda-feira de Páscoa ir comer o borrego no campo continua a efectuar-se sempre que as condições atmosféricas assim o permitem.

Antigamente os arronchenses procuravam o aprazível local da velha Igreja de Santo Isidro, situada nos arredores da vila junto ao rio Caia, para ali passar a segunda-feira de Páscoa, por ali se partilhava o farnel com familiares e amigos numa agradável tarde de convívio.
Actualmente e dada a facilidade nas deslocações os preferências vão para as margens da barragem do Caia, logo com alguns dias de antecedência ali são instalados verdadeiros acampamentos com destaque para a zona do
Baldio, Zambujal ou Furadas.


Nestes acampamentos de Páscoa já antes reservados, grupos de amigos e familiares ali passam umas mini-férias em contacto com a natureza, praticando ainda desportos motorizados ou pesca desportiva, por ali se confeccionam as refeições, passa-se o serão á lareira e dorme-se em tendas de campismo.

Mas o dia grande é mesmo a Segunda-feira de Páscoa, Arronches fica deserta, o almoço no campo faz parte da tradição, chega a faltar espaço para encontrar uma sombra ou um bom lugar para estender a toalha para saborear um belo ensopado ou assado de borrego, acompanhados de uma boa pinga da região.


Ao fim da tarde desmontadas as tendas a paz regressa ás margens do Caia, a natureza algo ressentida do impacto humano aos poucos volta à normalidade aguardando a próxima invasão que vai ocorrer no próximo ano.

Felizmente a crescente consciência ecológica da população já quase não regista os excessos praticados no passado em que árvores eram mutiladas ou mesmo abatidas e lixo deixado disperso pelas margens da barragem.

Nem as condições climáticas adversas que se registam nos últimos dias condicionaram a afluência do muito público praticante do campismo de Páscoa na Barragem do Caia e zonas envolventes.

10 comentários:

  1. É por estas e por outras que o nosso Parque de Campismo de Campo Maior está ás moscas e depois pratica-se campismo selvagem durante semanas destruindo a fauna e flora, sujando a barragem e invadindo propriedades particulares.
    Almoçar um dia na barragem e manter a tradição tudo bem, agora fazer campismo durante dias consecutivos, isso deveria ser proibido.

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  2. Ao anónimo de Campo Maior
    Fazias melhor figura ficando calado, estás preocupado com umas centenas de pessoas que passam um fim-de-semana na barragem numa ocasião de festa mas não enxergas os rebanhos de ovelhas, vacas ou cavalos que diariamente pastam e defecam nas águas da barragem durante todo o ano

    Nuno

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  3. O ANONIMO ANTERIOR DEVE SER COMUNISTA, PENSA QUE AINDA ESTAMOS NO TEMPO DAS OCUPAÇOES EM QUE AS PROPRIEDADES ERAM DE TODOS MENOS DO DONO

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  4. Ao anónimo de Campo Maior:
    O campismo selvagem já está proibido, mas os poucos autos levantados pelo SEPNA são "ignorados" pelas câmaras.

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  5. DEVES SER ALGUM AGRÁRIO DONO DE ALGUM DOS REBANHOS QUE PASTAM NO TERRENO DA BARRAGEM PERTENCENTE AO ESTADO, ISTO COM O AGRAVANTE DE CONTRIBUIRES PARA A POLUIÇÃO DA ÁGUA QUE ABASTECE POPULAÇÕES.
    DEIXA LÁ O PESSOAL COMER O BORREGO OU O FOLAR NA BARRAGEM QUE COMPARADO COM OS DANOS CAUSADOS PELO TEU REBANHO NA CAUSA PÚBLICA É ZERO CAMARADA

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  6. Os agentes do SEPNA deveriam era ir ver os caminhos públicos que foram fechados e outros que pura e simplesmente foram destruídos com charruas, mas a isto o SPNA e os Srs. presidentes de câmara fingem nada ver, só se lembram dos pescadores nas vésperas das eleições, por mim podem esperar sentados. Qualquer dia para chegar á barragem só mesmo de pára-quedas ou então deitando abaixo esses portões e cercas de arame farpado que roubaram o aceso ao povo os antigos caminhos públicos.

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  7. s portões e as cercas de arame são a imagem do alentejo deserto

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  8. Até há um proprietário que diz ao seu funcionário para expulsar os pescadores do leito da barragem porque lhe estragam a pastagem...

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  9. Claro que estragam a pastagem dos animais e afugentam as aves no tempo dos ninhos, vão mas é pescar lá para o açude de arronches.

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  10. Lamento discordar, mas continua a ficar muito lixo no campo e as árvores continuam a ser mutiladas. Houve até quem cortasse um dos postes colocados pelo PNSSM e por diversos voluntários para que a Águia-pesqueira voltasse a ocorrer no local.

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