terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O arboricídio continua na EN 246 Portalegre Arronches

"Já ninguém hoje em dia duvida do valor e interesse da árvore, tanto se tem escrito e falado sobre o assunto em todo o mundo.
Quando porém do interesse abstracto pela "Árvore" passamos a considerar a forma como a nossa gente reage perante "aquela árvore que me ensombra a casa ou o quintal", desaparece a unanimidade na apreciação e as consequências são quase sempre desastrosas para a árvore.
A primeira e mais vulgar reacção consiste em limitar os prejuízos atribuídos à árvore - podando-a!
E a prática generalizou-se de tal forma que quase ninguém conhece a imagem de uma árvore intacta, com a forma que Deus lhe deu, e não a caricatura que os homens fizeram dela.
Todos os anos, no fim do Inverno saem ao campo, das mais diversas procedências, brigadas de homens armados de serrotes e tesouras a podar arvoredos das ruas das Cidades e das Vilas e ultimamente até das estradas nacionais."
(Francisco Caldeira Cabral e Gonçalo Ribeiro Teles, A Árvore em Portugal. Assírio e Alvim. p. 15)

Já não é preciso esperar pelo final do Inverno para assistir ao corte indiscriminado das árvores. Antes que as folhas caiam, cortam-se os ramos... sempre se poupa o trabalho de varrer as folhas do espaço público. As imagens que se seguem foram registadas á poucos dias, na Estrada Nacional 246, com o corte de jovens árvores afastadas dezenas de metros da faixa de rodagem, trabalho este resultante da acção dos serviços de limpeza a ser agora efectuados nesta via.


Será que com esta acção radical estão a praticar um bom serviço, ao Ambiente, ao embelezamento da via, ou ainda à segurança rodoviária, nos moldes em que vem sendo efectuado julgamos que não.

Deixamos as imagens registadas pela objectiva do Arronches em Notícias para que possam constatar a dimensão desta limpeza que julgamos visa eliminar todo o verde das margens da EN 246.



















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