sábado, 4 de setembro de 2010

Arronches – A “Alma e a Gente” vai para o ar hoje pelas 21h00 na RTP2

Arronches – A “Alma e a Gente” vai para o ar pelas 21h00

O programa televisivo “A Alma e a Gente” da RTP2 dedicado ao concelho de Arronches, como habitualmente não vai ser transmitido no horário de fim de tarde, mas sim pelas 21h00, hoje dia 4 de Setembro.

6 comentários:

  1. É lamentável que Arronches, com um Património tão rico, tenha sido tão mal apresentada, por um Senhor que já teve o seu tempo e que já se devia ter retirado.
    Arronches, uma Terra tão rica culturalmente e uma mostra tão insípida e tão pouco abrangente. É uma tristeza, para quem conhece a riqueza desta Terra vê-la tão mal apresentada, com tanta coisa que há para mostrar e falar da importância que têm, limitou-se a falar das Cortes (que historicamente têm a sua importância, mas não para passar metade do programa a falar delas). Poderia ter dito, que a Nossa Igreja Matriz e Monumento Nacional e terceira Igreja Salão em Portugal a par das de Stª Maria dos Jerónimos e de Freixo de Espada à Cinta; que temos a Igreja da Sr.ª da Luz e o seu Convento, que está votado ao abandono, não precisava de ter ido buscar o exemplo das Alcáçovas, nos por cá temos monumentos que chegue ao abandono e poderia ter chamado a atenção para a importância dos mesmos.
    Quanto à Igreja do Espírito Santo, teria sido melhor informar-se melhor e ter composto menos o seu discurso. Porque esta Igreja antes do restauro era quase um palheiro, foi graças ao restauro que recuperou a sua dignidade e originalidade. A frente de “tiro ao alvo”, caso o Sr. não saiba, foi a recuperação das cores originais, pois as casas e templos oitocentistas, no Alentejo eram pintados de cores fortes. O que o Sr. Deveria ter dito, é que é pena que após o restauro deste Templo, não se instale ali um Museu da Terra, da qual Arronches tanto carece e tendo-se recuperado esta Igreja, era local ideal.
    Nem sequer mostrou nem falou do Museu de A Brincar, a Nossa única “jóia” Museológica. As pinturas rupestres, tão importantes e falou tão pouco e de forma tão pouco clara, que mesmo quem as conhece, teve dificuldade em compreender o discurso, e as recentes descobertas nem as mencionou? E o restante Património ficou todo esquecido nem uma breve referência, à Igreja da Esperança e do Rei Santo e restante património arqueológico do concelho.
    Falou dos Beloteiros, é importante para a economia da região, mas não é a única. O Turismo poderia ser uma boa fonte de progresso, desde que se criem infraestruturais e faça uma boa promoção da Terra.
    Confesso, que esperei com expectativa por este Programa, mas desiludiu-me e fez-me sentir tristeza por ver a Minha Terra tão mal promovida, só espero que agora, não venham dizer que esta foi em excelente representação de Arronches.

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  2. Gostei, como sempre, de ver o programa de José Hermano Saraiva.
    A Memória do Historiador perde-se com a memória das gentes e de Arronches há a realçar a
    - História - A pedra ainda não decifrada
    - A Pré-História com as gravuras de 3 a 5 mil anos.
    - Curvelo, o homem culto, da Colecção Cosmos de Bento de Jesus Caraça e a Lógica Matemática.
    - O Caia e a água
    - A Indústria moderna da carne em torno do porco preto e da industria avançada de "Os Beloteiros"
    - O Espírito Republicano de 1910 reflectido na raiva contra as imagens e as Igrejas, porque a Monarquia e a Igreja Católica viviam de mãos dadas.
    - Finalmente as Cortes de 1475 de Afonso V e a guerra perdida de Toro pela traição mais uma vez da nobreza, que representava a reacção do seu tempo e já depois de ter arrancado o coração pelas costas ao Duque de Viseu e nem as conquistas de África desenvolveram o espirito patriótico aos nobres. É certo que em Castela se cimentava uma oligarquia com Isabel, a Católica, contra a oposição de todos os Países da Península Ibérica mas que sabotaram o nosso Rei o qual tão desiludido acabou por ir pedir uma ajuda impossível ao Rei de França.
    Desiludido com tanta traição renunciou a favor do seu Filho D. João II e morreu num convento na região de Torres Vedras.

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  3. LFL tem alguma razão e eu senti que o tema sobre Arroches foi pouco profundo, mas pensei também que tal se devia ao facto de eu estar profudamente interessado no programa e daí as coisas terem corrido depressa demais.
    Houve um outro aspecto referido que é comum a toda a zona fronteiriça da região: O povo é que foi sempre o grande construtor de todas as grandes obras desde as as Igrejas aos Castelos, aos caminhos... Ainda hoje é um pouco assim.
    É um facto que Hermano Saraiva já tem alguma idade mas não lhe falta lucidez, talvez cansaço, mas não esquecer que a meia hora de programa foi preenchida e todos nós queríamos mais. Isso acontece certamente quando ele fala de outra gentes e de outras terras, de outras histórias mas como a nós não nos dizem respeito nem sequer notamos.
    Mas a temática de Afonso V é profundamente dialéctica e Hermano Saraiva revela-nos aspectos relevantes que estão omissos da nossa memória ou do nosso conhecimento.
    A Luta pela concentração do poder real foi uma constante da nossa História e isso ele aflorou, subtilmente e Arronches foi palco de um tal facto histórico.
    O resto petrtenca à Câmara e às Juntas que o Povo elegeu. Bem ou mal é o que temos.

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  4. Quem ama a sua terra vê sempre com orgulho as referências que os "média"lhe dispensam.No programa referido, a nós Arronchenses, soube-nos a pouco, é verdade!mas... o LFL foi rude na apreciação que fez ao programa, embora tenha alguma razão quanto ao conteúdo do mesmo.Este programa, com algumas lacunas, fez mais por Arronches, do que todas as iniciativas conjuntas realizadas pela C.M e J.F.

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  5. Meus caros, o mérito que o Prof. Hermano Saraiva, tem tido ao longo da sua vida, de divulgar os quatro cantos deste rectângulo à beira mar plantado, ninguém lhe tira, mas em boa verdade, o Senhor sempre gostou de “fabricar” teses momentâneas, contudo a História baseia-se em factos probatórios, não em teorias romanceadas. Já agora para quem não sabe o Senhor não é historiador, mas sim uma pessoa que gosta de história e de istórias e que se tem servido do seu poder de comunicação para as contar.
    A História serve essencialmente para dela tirar-mos proveito no presente, aprendendo com o passado ou colocando-a ao serviço do progresso, e não me pareceu que desta vez o Prof. Saraiva tenha conseguido atingir essa meta, já que, não foi oportuno, ao ter criticado, da forma como o fez, a excelente obra de recuperação e restauro que foi feita na Igreja do Espírito Santo. Este Senhor ainda anda lá pelos tempos do Velho do Restelo, devia actualizar-se em termos de restauro e perceber que foi devolvida a vida a um edifício que estava morto, oxalá estas obras de recuperação e restauro se alargassem a outra igrejas e ermidas do concelho que estão em ruínas.
    Quanto a ver Arronches divulgada nos “midia” também me agrada, quando bem feito e se aproveitam as potencialidades de uma terra para a divulgar convenientemente e isso o Prof. Saraiva sabe fazer, mas desta vez foi muito parco em informação, bom, mas talvez o devamos desculpar, pois a sua idade avançada já lhe vai roubando as forças e tempo do programa não foi bem gerido. Contudo aguardemos que este programa tenha agussado o apetite de muita gente para visitar a Nossa Terra e esperemos que nessa altura já haja alojamento em Arronches, porque o dito Hotel tarda em abrir e lá vão os ditos turistas dar o dinheirinho a outras paragens. Uma terra sem condiçoes para receber os seus visitantes não evolui....

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  6. Olá, boa tarde. Aprecio particularmente o programa em questão, que já me fez conhecer bastante deste nosso país. Colocando de lado o estilo muito próprio do Prof. José H. Saraiva, que admito ser controverso, a realidade é que vai abrindo janelas para o conhecimento da nossa história.
    Pessoalmente, depois de assistir ao programa sobre Arronches, fiquei fascinado pela Igreja do Espírito Santo. Contrariamente à ideia de "barraca de tiro ao alvo", a mim afigurou-se-me um dos mais belos monumentos religiosos, sobretudo pela nudez do interior. Aqui em casa consegui respirar a paz que transmite.
    Sou escritor amador e não resisti a um pequeno devaneio romanesco sobre o assunto: http://pousadouro.blogspot.com/2010/09/igreja-do-espirito-santo.html
    Espero que os Arronchenses não me levem a mal :)
    Tenho família em Elvas e numa próxima oportunidade não hesitarei em visitar a vossa bela vila, particularmente esta igreja.

    Cordiais cumprimentos a todos.
    Nuno Loio

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