sábado, 22 de outubro de 2011

ULSNA - Unifica e reduz horários nos centros de saúde do distrito de Portalegre

Dez centros de saúde do distrito de Portalegre vão ter redução de horários de funcionamento, a partir de 1 de Novembro 2011, tendo por base o facto de estarem inseridos em zonas com menos de sete mil utentes.

De acordo com uma circular emitida pela Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA), a medida abrange os centros de saúde de Castelo de Vide, Marvão, Alter do Chão, Crato, Gavião, Avis, Fronteira, Sousel, Arronches e Monforte.

De acordo com a ULSNA, a medida é baseada no Despacho n.º 7/2011 do ministro da Saúde, que determina que sejam
«elencadas medidas no sentido da racionalização das estruturas e controlo da despesa, garantindo o direito à protecção da saúde e no sentido de uma efectiva racionalização da carga horária».
Assim, os centros de saúde abrangidos pela medida vão passar a funcionar entre as 8h00 e as 18h00 ou das 9h00 às 19h00, nos dias úteis, e das 9h00 às 13h00 aos sábados, domingos e feriados.

Já os centros de saúde com mais de sete mil utentes (Campo Maior e Nisa) também vão sofrer uma redução no horário de funcionamento, mas de uma hora, e passam a estar de portas abertas das 8h00 às 20h00, nos dias úteis, e das 8h00 às 14h00 aos sábados, domingos e feriados.

A ULSNA informa, no mesmo documento, que os centros de saúde de Elvas e Portalegre mantêm o horário de Unidade de Saúde Familiar (USF), ao passo que o centro de saúde de Ponte de Sor com um horário médico das 8h00 às 20h00 nos dias úteis.
No que diz ainda respeito a Ponte de Sor, a ULSNA justifica a medida alegando que aquele centro tem um Serviço de Urgência Básica (SUB), não prestando cuidados médicos aos sábados, domingos e feriados, para além dos disponibilizados pelo SUB.

Num outro documento emitido pela ULSNA, também baseado no Despacho n.º 7/2011, aquele organismo informa os centros de saúde da região da «fusão» de Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) até ao dia 1 de Novembro.

O conselho de administração da ULSNA decidiu «unificar as UCSP de concelhos limítrofes, atendendo à proximidade geográfica e ao número de utentes inscritos», lê-se no documento.
Nesse sentido, os concelhos de Alter do Chão e Crato vão formar uma única UCSP, Castelo de Vide e Marvão outra, Sousel e Fronteira também serão alvo de fusão, bem como Arronches e Monforte que ficarão também com uma única UCSP.

PCP/Portalegre Critica

"critérios economicistas na área da saúde"

O coordenador da Direcção da Organização Regional de Portalegre (DORPOR) do PCP, Fernando Carmosino, criticou a desactivação de 13 extensões de saúde no distrito de Portalegre, argumentando que, na saúde
“os critérios economicistas não podem prevalecer sobre os direitos humanos”.

Fernando Carmosino, que falava em conferência de imprensa, na sede do PCP de Portalegre, criticou ainda a anunciada fusão de oito centros de saúde no Alto Alentejo.

Para o dirigente comunista as medidas anunciadas pela Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA) vão contribuir para o
“aumento do fluxo de doentes às urgências do hospital de Portalegre e das dificuldades de acesso das populações aos cuidados de saúde”.

Referindo ainda, que Portalegre é o distrito do país que perde mais verbas das transferências do Orçamento de Estado para 2012, recebendo menos 5,1 por cento do que em 2011.

Os 15 municípios do Alto Alentejo vão receber no próximo ano menos cerca de 4 milhões de euros em comparação com as verbas atribuídas este no ano transacto.

O coordenador da DORPOR considera que esta redução de verbas vai provocar a “asfixia financeira” dos municípios, liquidação de direitos e empobrecimento das populações.

2 comentários:

  1. Há um provérbio chinês que diz; não à pior cego do que aquele que não quer ver.Se Portugal está na cauda da Europa, o distrito de Portalegre está na cauda do país.Decadas de governos PS e do PSD, nada têm feito pelo nosso interior e todas as políticas e medidas tomadas vão no sentido de o desertificar e isolar ainda mais.Apelo a uma maior participação e mobilização das populações em defesa dos seus intresses e da sua própria subsistência. Essa participação passa no essencial por acompanhar, participar , nas Assembleias de freguesia, municipais, Reuniões de Câmara, nos tempos reservados ao público. Nos eventos sociais, culturais, nos movimentos associativos. É tempo de dizer, basta?

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  2. Quem cala consente é isso que somos como Distrito, localidades e País.

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