domingo, 13 de janeiro de 2013

Elvas - Património mundial classificado pela UNESCO em 2012 continua a saque

No Forte da Graça nem as telhas escapam aos ladrões

A maior fortificação abaluartada do mundo, em Elvas, classificada em junho de 2012, como Património Mundial, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), continua a saque com especial incidência no Forte da Graça, local onde vândalos e ladrões vem arrancando portas, gradeamentos, blocos de granito e por último até as telhas da cobertura dos telhados, ainda recuperados poucos anos antes, como se pode observar nas fotografias registadas hoje por António Gois.

O forte da Graça, situado no cimo de um morro a Norte de Elvas, que durante muito tempo foi usado como presídio militar, dele fugiram o Capitão Almeida Santos e outros implicados na revolta da Sé,  é este primor da arquitectura militar do século XVIII, que hoje continua a saque sem que seja encontrada uma solução que salve o que ainda resta do Forte.

As fortificações de Elvas foram classificadas, na categoria de bens culturais, na 36.ª sessão do Comité do Património Mundial, que esteve reunido até 6 de Julho, em São Petersburgo, na Rússia.

O conjunto de fortificações de Elvas, cuja fundação remonta ao reinado de D. Sancho II, é o maior do mundo na tipologia de fortificações abaluartadas terrestres, possuindo um perímetro de oito a dez quilómetros e uma área de 300 hectares.

As fortificações de Elvas constituíam o único monumento português entre os 33 candidatos que fazem parte da lista de Património Mundial, elaborada pela Unesco, tendo sido classificadas todas as fortificações da cidade, os dois fortes, o de Santa Luzia, do século XVII, e o da Graça, do século XVIII, três fortins do século XIX, as três muralhas medievais e a muralha do século XVII, além do Aqueduto da Amoreira.

Classificado como Património Nacional em 1910, o Forte da Graça, monumento militar do século XVIII situado a dois quilómetros a norte da cidade de Elvas, constitui um dos símbolos máximos das fortalezas abaluartadas em zonas fronteiriças.
Fotos: António Gois e Emílio Moitas 




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