quinta-feira, 17 de julho de 2014

Mega operação prende 17 caçadores furtivos no sul de Espanha


Elementos da Guardia Civil e do Servicio de Protección de la Naturaleza (Seprona) prenderam nos últimos dias 17 pessoas na denominada “Operação Pardina” uma ação em que os agentes utilizaram um importante dispositivo de forma a erradicar a caça furtiva nos territórios que constituem o habitat do lince ibérico.
Segundo nota informativa da Benemérita (Guardia Civil), o que desencadeou esta operação foi o facto de continuarem a aparecer linces feridos a tiro ou com lesões provocadas por armadilhas, situação já verificada em 2011/2012 e que na altura levou a detenção de 13 furtivos.

Em 2014, técnicos do serviço do Medio Ambiente constataram o reaparecimento da atividade furtiva nos territórios do lince, dando início a uma investigação durante quatro meses no espaço de Natural de Doñana, e zonas envolventes de expansão desta espécie em perigo de extinção, que culminou com a detenção de 17 caçadores furtivos, e ainda na apreensão de um verdadeiro arsenal utilizado nesta prática ilícita, assim como animais entre os quais um javali vivo utlizado como reclame numa jaula.    

Com esta operação as autoridades tentaram erradicar o uso de meios não seletivos como laços, ferros, nestas áreas, assim como gaiolas com iscos, que constituem um perigo para qualquer espécie de carnívoro entre os quais se encontram Linces, raposas ou texugos.
Do mesmo modo as autoridades deixaram o aviso que estão atentas a esta prática criminosa não deixando impunes os seus autores.

A prática da atividade furtiva não é exclusiva apenas do território espanhol, em Portugal quer a caça em áreas protegidas ou o controlo de predadores com iscos envenenados em algumas reservas de caça é uma prática ilegal que vem nos últimos anos dizimando diversas espécies protegidas por lei.

A existência de dezenas de cães utilizados na caça e a viverem em locais em condições inumanas, sem vacinas ou documentação, assim como a captura de gatos domésticos ou raposas para depois utilizados vivos no treino desses cães, são queixas que chegam com alguma regularidade às Associações de Defesa da Natureza, e mereciam uma resposta adequada por parte das autoridades. 

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