quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Alentejo - Autores de livros de Portalegre e Elvas premiados pela Academia Portuguesa da História


Os autores António Ventura e Fernando Branco Correia, respectivamente, autores do livro «Uma História da Maçonaria em Portugal 1727-1986», e "Elvas na Idade Média", foram os vencedores dos prémios atribuídos pela Academia Portuguesa da História.

A instituição galardoou António Ventura, com o livro “Uma História da Maçonaria em Portugal", uma obra que analisa o papel da Maçonaria na nossa História, os protagonistas e acontecimentos marcantes e glossário de expressões e termos maçónicos são apenas alguns dos temas que podemos encontrar em «Uma História da Maçonaria em Portugal 1727-1986».

Fernando Branco Correia, autor do livro “Elvas na Idade Média”, pela sua obra que fala do nascimento de Elvas, onde há vestígios de povoamento humano no seu território desde fases pré-históricas, mas as primeiras menções escritas a Elvas e à existência do seu núcleo urbano surgem nas obras de geógrafos e de cronistas de uma Idade longa a que, no Ocidente, se convencionou chamar de Média. Porém, é nos séculos de domínio islâmico – no quadro do desaparecido al-Andalus – que a cidade se revela, possivelmente não muito distante da fase em que se funda Badajoz. Mas, poder-se-á dizer que é uma fundação «árabe»? E, ao ser integrada nos domínios do reino de Portugal, as marcas da sua pertença ao al-Andalus ter-se-ão apagado por completo? É para algumas destas questões que esta obra propõe algumas respostas. Sem pretender abranger todos os aspectos das dinâmicas e do quotidiano dos primeiros séculos de vida de Elvas, este livro atravessa os séculos do domínio islâmico, tenta interpretar o processo de incorporação desta cidade no jovem reino de Portugal e a forma como soube gerir a sua nova posição de fronteira em face de um reino vizinho, também ele conquistador de terras do Sul, com o qual sempre existirão relações e cumplicidades – mais que conflitos, que também houve. É uma outra Elvas que então se afirma; será uma das principais portas do reino, crescerá em número de habitantes e em área urbanizada, e nas suas ruas e campos cruzar-se-ão judeus, cristãos e muçulmanos até finais do século XV.



Sem comentários:

Enviar um comentário