Os autores António Ventura e Fernando Branco Correia,
respectivamente, autores do livro «Uma História da Maçonaria em Portugal
1727-1986», e "Elvas na Idade Média", foram os vencedores dos prémios
atribuídos pela Academia Portuguesa da História.
A instituição galardoou António Ventura, com o livro “Uma
História da Maçonaria em Portugal", uma obra que analisa o papel da
Maçonaria na nossa História, os protagonistas e acontecimentos marcantes e
glossário de expressões e termos maçónicos são apenas alguns dos temas que
podemos encontrar em «Uma História da Maçonaria em Portugal 1727-1986».
Fernando Branco Correia, autor do livro “Elvas na Idade
Média”, pela sua obra que fala do nascimento de Elvas, onde há vestígios de
povoamento humano no seu território desde fases pré-históricas, mas as
primeiras menções escritas a Elvas e à existência do seu núcleo urbano surgem
nas obras de geógrafos e de cronistas de uma Idade longa a que, no Ocidente, se
convencionou chamar de Média. Porém, é nos séculos de domínio islâmico – no
quadro do desaparecido al-Andalus – que a cidade se revela, possivelmente não
muito distante da fase em que se funda Badajoz. Mas, poder-se-á dizer que é uma
fundação «árabe»? E, ao ser integrada nos domínios do reino de Portugal, as
marcas da sua pertença ao al-Andalus ter-se-ão apagado por completo? É para
algumas destas questões que esta obra propõe algumas respostas. Sem pretender
abranger todos os aspectos das dinâmicas e do quotidiano dos primeiros séculos
de vida de Elvas, este livro atravessa os séculos do domínio islâmico, tenta
interpretar o processo de incorporação desta cidade no jovem reino de Portugal
e a forma como soube gerir a sua nova posição de fronteira em face de um reino
vizinho, também ele conquistador de terras do Sul, com o qual sempre existirão
relações e cumplicidades – mais que conflitos, que também houve. É uma outra
Elvas que então se afirma; será uma das principais portas do reino, crescerá em
número de habitantes e em área urbanizada, e nas suas ruas e campos
cruzar-se-ão judeus, cristãos e muçulmanos até finais do século XV.
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