quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Alentejo – GNR prende “gang do gado” quando roubava manada de vacas no Redondo


Oito homens, com idades entre os 25 e os 60 anos, são suspeitos da autoria de centenas de furtos de gado nas regiões centro e sul do País, foram detidos em flagrante pela GNR de Évora quando efectuavam um roubo de 30 vacas numa propriedade na zona do Redondo, no valor de cerca de 20 mil euros.

Entre os detidos está o cabecilha do grupo e um receptador dos animais. Presentes ao juiz do Tribunal de Instrução Criminal de Évora, ficaram a aguardar julgamento em prisão preventiva.

Considerado como um grupo perigoso pelas autoridades devido ao passado violento de alguns dos elementos relacionado com furtos, roubos e homicídio, este gang efectuou durante anos furtos de ovelhas e vacas nos distritos de Portalegre, Santarém e Évora com elevados prejuízos para os proprietários das explorações. Devido ao alarme social, os lesados chegaram a juntar-se em ‘milícias' para apanhar os ladrões, sobretudo, em zonas do Alentejo.

Os roubos sempre planeados ao pormenor aconteciam durante a noite depois de vários dias de vigilância de forma a saber as rotinas dos proprietários e autoridades.

Os animais eram depois carregados em camiões de transporte de gado para zona norte do país local onde eram abatidos.

Fruto da investigação,  que vinha sendo conduzida desde Janeiro por uma equipa especial constituída pelo DIAP (Departamento de Investigação e Ação Penal) de Évora e uma equipa especial da GNR, levou à detenção, ao início da manhã de segunda-feira, do líder do grupo e mais dois elementos que seguiam num veículo de escolta a um camião carregado de gado.

O camionista e passageiro ainda tentaram a fuga mas acabaram detidos pela GNR, seguindo-se depois mais três detenções, entre os quais um recetador, numa mega-operação realizada em todo o Pais. As autoridades continuam a investigar para perceber qual o destino final destes animais.

Nos próximos dias poderão ser efetuadas mais detenções relacionadas com estes crimes que só no Alentejo causaram milhares de euros de prejuízos em propriedades agrícolas.
Fotos: E. Moitas/arquivo

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